Parabéns pelo canal, Tiago. Boa noite. Obrigado por compartilhar o white paper Bitcoin: Um sistema de dinheiro eletrônico ponto-a-ponto. Estou iniciando os estudos deste conceito agora, e tentando entender os possíveis cenários futuros e as aplicações possíveis.
Oi Tiago! Minha primeira mensagem na Tribo Crypto vai pra você. Vi dois dos seus vídeos e achei muito legais. Você tem uma boa didática. Assisti o vídeo que trata do funcionamento da blockchain “na prática” e também aquele que trata do Consenso. Contudo, em nenhum dos dois eu vi “como surgem os blocos na blockchain”. No vídeo da blockchain “na prática” aparece como os mineradores vão à procura do Nounce e como ele permite validar o bloco através do hash, mas não informa como os blocos vão parar na blockchain, como os mineradores os recebem para calcular o Nounce e como os mineradores informam que já decifraram o desafio matemático. Eu entendo que quanto mais poder de processamento, mais rápido se faz o cálculo e mais rápido se pode devolver a resposta. No entanto, parece que a coisa não é tão linear assim, pois, às vezes o vencedor pertence a um pool, às vezes a outro e ainda existe a possibilidade de um minerador “solo” vencer a disputa. Se os blocos são sequenciais (ainda não sei como surgem) e se todos os mineradores recebem o último bloco ao mesmo tempo (para calcular o Nounce), então, em tese, somente aquele minerador com o maior poder de processamento ganharia todas as vezes. Daria pra você explorar um pouco essa questão, a fim de que eu a compreenda melhor? Valeu!
Apenas a título de curiosidade, neste momento em que estou postando a situação da mineração de bitcoins é dominada pelos grandes pools de mineração, situação que já ocorre a algum tempo, sendo que as duas maiores (BTC.com e Antpool representam cerca de 26,5% do total de hashes que chegou a mais de 42% em junho de 2018) são lideradas pelo mesmo dono, conhecido como Bitmain, que também é o fabricante de uma das máquinas mais usadas na mineração (Antminers). O maior pool não consegue vencer sempre, como fica demonstrado no mapa de blocos minerados, mas o poder de hashes representam mais chances e por consequência mais blocos minerados, mas nem sempre vence o maior pool. Ainda segundo dados avaliados em novembro, o criador da F2Pool estima que entre 600 mil e 800 mil máquinas foram desativadas somente em novembro de 2018, representando uma diminuição de cerca de 13% na capacidade total de processamento do sistema. Eu particularmente não acredito que o sistema do bitcoin possa vir a ser dominado por uma pessoa ou um grupo pequeno, por definição a existência do sistema está baseado na distribuição e não na concentração, mas isso o Tiago poderá explicar melhor quando mostrar na prática como funciona a questão da mineração dos blocos.
Maiores pools x blocos minerados
Queda no poder de processamento do sistema bitcoin em novembro
Eu trabalhei em uma mineradora privada lá no Paraguai, se quiser contato lá me mande uma mensagem através do meu site que podemos agendar uma visita www.estudocripto.com, abraço.
Olá,
Para não passar batido deixo registrado que pela primeira vez, aliás dizem que a primeira vez a gente não esquece mas o que tem de gente esquecida por aí não é mole, principalmente quando se trata de compromissos a serem cumpridos não é, alguém aí pensou em políticos? Bom mas para retomar o tema, neste mês de agosto do ano da graça (será que é engraçado?) de 2019 a taxa de hash ou hash rate do blockchain do bitcoin atingiu a marca de 80 quintilhões de hashes por segundo. Lembrando que a taxa de hash é a forma como se mede a capacidade de processamento da rede do bitcoin, em outras palavras para não dizer em outros números, é a capacidade que o sistema tem para fazer as tais contas complicadíssimas que a criptografia do sistema exige. Em outras palavras a vida dos que pensam em atacar a rede está mais difícil.
Olá, @gustavo25! Talvez vc posso esclarecer mais suas dúvidas neste link https://www.hyperledger.org/. Mas tenha em mente que blockchain é um banco de dados ‘especial’, então basicamente tudo neste banco ,trata-se de dados. E as criptomoedas são apenas um dos vários caso de uso.
Olá Cecilio, Tiago e todos! Tenho certeza que vou aprender muito com vcs! Parabéns a todos!
Li o post do Tiago e seu comentário aqui, mas ainda sim, não consigo desassociar com carteira física pois se “eu” estou de posse da minha chave privada ninguém conseguirá movimentar meu capital, somente irão ver seu conteúdo, poderão tbm enviar criptos p essa carteira, somente aqueles que tiverem a minha chave pública no caso …
Aproveitando gostaria de me aprofundar mais na parte de segurança das carteiras e o Hash dos blocos, como funciona de verdade essa parte, se alguém puder disponibilizar algum material agradeço muito!
Mas para finalizar tenho uma pergunta de imediato: Pelo que entendi existe a dificuldade, proposital, de identificar donos de carteiras e facilidade de movimentação de cripto entre “contas” (Tirei essa ideia quando Tiago fala de esquemas ponzi), e só seria possível identificar os donos das carteiras se a pessoa tiver a chave pública da carteira em questão?
Ou seja em outras palavras … O “dinehiro virtual” está todo na blockchain, ele é visível para todos que estão nos “nós” mas ninguém consegue dizer quem são os donos daquele “dinheiro virtual”, somente se tiver acesso a chave pública da carteira?
Olá Marco, seja bem vindo!
Acho melhor postar suas dúvidas, todas que você tiver, abrindo tópicos novos ou usando algum que já tenha sido criado desde que tenha alguma ligação com a sua dúvida. Clicando na lupa é possível pesquisar por assunto/tema.
Talvez algumas dúvidas demorem ou até fiquem sem resposta por que não sabemos tudo, no máximo estamos há mais tempo curtindo este universo.
Aguarde as possíveis respostas nos próximos dias, possivelmente virão em postagens novas ou aqui mesmo, conforme o caso e escolha de quem estiver respondendo.
Obs.: O título “Comece por aqui!” é uma introdução importante mais para leitura.
Sobre a dúvida abaixo talvez o Marco não tenha percebido um detalhe muito importante que é explicada na postagem indicada abaixo, é possível identificar a chave pública a partir da chave privada mas o contrário não é possível, ou seja, com a posse da chave pública não é possível descobrir a chave privada.
“… não consigo desassociar com carteira física pois se “eu” estou de posse da minha chave privada ninguém conseguirá movimentar meu capital, somente irão ver seu conteúdo, poderão tbm enviar criptos p essa carteira, somente aqueles que tiverem a minha chave pública no caso …”
Sugiro a leitura do seguinte material:
Com relação a outra questão que transcrevo abaixo, me parece que “ou seja” separa uma contradição. Se o Marco já leu o material acima indicado vai perceber que não há uma relação direta e bidirecional entre a chave pública e privada. Printei uma imagem abaixo que mostra claramente como é o processo. A partir da chave privada, através de cálculos matemáticos é possível identificar a chave pública e o endereço de uma carteira bitcoin. O caminho reverso não é possível, seja partindo do endereço ou da chave privada, nenhum deles permite que se descubra a chave privada.
Especificamente sobre a questão da privacidade, como todo e qualquer assunto relacionado ao universo das criptomoedas em geral existem muitas visões e teorias. No entanto, uma delas é bastante cultuada pelos fãs “raiz”, que é o anonimato. Em tese o sistema de chaves públicas e privadas foi criado exatamente para preservar o anonimato. Na prática e caso o usuário faça movimentações vai “expondo” ou deixando rastros. Existem várias formas de rastreamento que são utilizadas tanto para coleta de dados por parte de empresas privadas como também são utilizadas para investigação de fraudes em geral. A não ser que o usuário ou titular de uma carteira digital de criptomoedas seja extremamente cuidadoso e zeloso (e mesmo assim não dá para garantir anonimato total) um usuário comum pode ser identificado.
Por exemplo, carteiras digitais de Corretoras de criptomoedas são conhecidas e seus endereços são vinculadas a cada corretora.
Outro exemplo, até mesmo hackers precisam viver (comprar coisas, pagar contas etc.). E quando alguma criptomoeda armazenada numa carteira digital é utilizada de alguma forma para algum tipo de gasto/despesa ele pode ser rastreado até a origem e respectivo titular, caso ele tenha deixado algum rastro. Veja uma postagem detalhada que eu fiz sobre o caso do casal de hackers:
Para encerrar, um ponto importante para guardar com relação a carteiras digitais de bitcoins (não conheço outras carteiras digitais, mas suponho que sejam iguais) é que devemos ter em mente que elas não guardam apenas e tão somente o saldo ou a soma das criptomoedas. Se uma carteira digital recebe 4 depósitos de 0,25 criptomoedas ela guardará cada uma separadamente ao invés de guardar apenas o saldo de 1 criptomoeda. Quando houver um gasto (saída) de 0,50 criptomoedas, por exemplo, ele vai buscar duas entradas de 0,25 criptomoedas, ou seja, não vai buscar diretamente do saldo o montante de 0,50 criptomoedas. O termo técnico usado é bloqueio e desbloqueio de criptomoedas.
Obs.: quando fizer pesquisa no Google acrescente " + wikipedia", tem muito material de boa qualidade dividido por tópicos como Blockchain, Chave pública & privada, etc. Exemplo: “transações de bitcoin + wikipedia”.