Depois que eu respondi a sua postagem fiquei com o nome Brave na cabeça. Como eu já disse várias vezes, não sou programador ou desenvolvedor e sendo um usuário com pouco conhecimento nessa área sou cliente padrão da Microsoft (Windows + Office) devidamente comprados e no dia a dia uso bastante YouTube, Google, Gmail etc. Meu navegador principal é o Firefox e para algumas situações uso o Edge e o TOR. Durante algum tempo usei o buscador Presearch durante a fase de desenvolvimento, quando ele funcionava mais como uma espécie de “porta” ou “camada” adicional que depois redirecionava para o site dos buscadores mais conhecidos como Google, Yahoo, DuckDuckGo etc. A cada consulta o Presearch coletava os dados da pesquisa e remunerava por cada “passagem” que você fazia no site deles antes de ser redirecionado para o Google. Hoje um PRE (Presearch) está valendo em torno de 2 Reais. Aliás preciso ver se meu saldo ainda está lá… Por algum motivo o Brave não me entusiasmou a ponto de se tornar o meu navegador padrão, acho até que instalei, mas não me lembro se cheguei a usar ou não e como faço uma reinstalação do sistema de tempos em tempos o Brave ficou para trás. Também já disse algumas vezes por aqui que gosto de usar frases feitas. Uma delas diz muito sobre o mundo real: “não existe almoço grátis”. Algumas vezes vem acompanhado de: “alguém ou você está pagando”. Nesse terreno da internet não é toa que se fala tanto em big data e não é à toa que Mark Zuckerberg ganha tanto dinheiro.
Especificamente sobre o Brave, não é um posicionamento a favor ou contra, cada um deve tirar suas próprias conclusões. Procurei aspectos menos favoráveis ou controversos, material a favor ou incentivando o uso tem aos montes por aí.
Foi criado em 2016 pelo programador americano Brendan Eich {1] que entre outras coisas é considerado o criador da linguagem JavaScript e ajudou a fundar a organização sem fins lucrativos Mozilla (moz://a) [2] que mantém o navegador Firefox. Saiu de lá para fundar a Brave Software que mantém o navegador Brave [3].
Assim como os navegadores Opera e Edge (Microsoft) o Brave se baseia no projeto de código aberto Chromium [4] criado pelo Google e como não poderia deixar de ser, também serve de base para o Chrome, até os nomes indicam a proximidade [5].
Em 2017, durante a febre das ICO’s Initial Coin Offering [6] foi lançado o token BAT na Blockchain Ethereum [7]. Foram emitidos 1,5 bilhão de tokens e deste montante 1 bilhão foram colocados à venda e 500 milhões foram destinados para o projeto Brave. Na época do lançamento consta que os 1 bilhão de tokens foram vendidos em poucos segundos e gerou uma arrecadação de 35 milhões de dólares para o criador do Brave, Brendan Eich. Com base na cotação atual do token BAT de R$ 6,21 o montante arrecado em valores atuais seria equivalente a 6 bilhões e 210 milhões de Reais considerando a venda de 1 bilhão de tokens BAT [8].
O ato de ligar/conectar qualquer equipamento na internet é o mesmo que abrir uma janela e dependendo de cada equipamento ele pode ter uma rede de proteção, grades de ferro, sensores de movimento ou não ter nada. Em alguns momentos o usuário estará olhando e poderá notar um mosquito da dengue entrando por ela. Se estiver desatento podem entrar mosquitos, abelhas, ratos, cobras etc. Dizem que uma das coisas mais complexas de fazer e manter é um navegador (browser). Pode ser a alegria ou a tristeza de um usuário [9]. Há relatos de demora na atualização do Brave quando os sistemas liberam atualização, por exemplo, tem usuários do IOS reclamando.
Pegando outra frase emprestada: “cada ferramenta depende de quem usa”. Não estou me referindo a ninguém especificamente, mas de forma geral existem os “sabidos” que sabem de verdade o que estão fazendo e existem os que se acham “sabidos”, este tipo não sabe direito o que está fazendo e com isso estão se arriscando e se expondo talvez até mais do que o normal, sem saber. Dinheiro não cai do céu e na internet, via de regra, o produto é você. Se alguém diz que te protege e te paga para ver isso ou aquilo tem alguém escolhendo o que você vai ver ou que programou para você ver isso ou aquilo e geralmente essa pessoa que programou ou escolheu o que você vai ver foi pago porque tirando trabalho comunitário as pessoas não trabalham de graça. A realidade nua e crua é que, se e quando você desliga qualquer equipamento conectado na internet deve saber que deixou para trás um monte de pegadas que estão devidamente sendo capturadas e guardadas [10].
Se você que chegou até aqui e ainda está interessado ou animado e fizer uma pesquisa sobre o navegador Brave vai dar de cara com um monte de vídeos ensinando como ganhar dinheiro usando o Brave. Duvido que o YouTube ou o Google mostrem algo como este vídeo, que apesar de ter como objetivo vender um curso aborda o Brave, e sua relação com privacidade e segurança, mostrando seu lado bom e suas fragilidades. Não estou sugerindo o curso, mas vale a pena dar uma olhada no vídeo até o fim porque tem conteúdo útil e começa a partir dos 4 minutos, a parte inicial é propaganda [11].
Já dissemos várias vezes e reforçamos que o objetivo é fazer diferente, ter um algo a mais do que se encontra aos montes por aí, ou seja, por aqui não tem mais do mesmo.
1 - Brendan Eich – Wikipédia, a enciclopédia livre
2 - Internet para pessoas, sem fins lucrativos — Mozilla
3 - https://brave.com/
4 - https://www.chromium.org/
5 - Navegador Brave: o que é e quais suas vantagens?
6 - ICO: O que é e como funciona o lançamento de criptomoedas | Coinext
7 - Basic Attention Token (BAT) Preço, Gráfico, Capitalização de Mercado | CoinMarketCap
8 - TI Rio :: Pai do JavaScript arrecada 112 milhões de reais em menos de 30 segundos
9 - Brave encontrou um bug que faz com que o navegador deixe os dados do site onion no tráfego DNS - Avalache Notícias
10 - CEO se desculpa por bug no Brave que incluía código de afiliado em URLs - Olhar Digital
11 - Video