Videos Sobre Inteligência Artificial Numa Visão Filosófica

Como boa parte das pessoas o tema da Inteligência Artifical tem sido meu objeto de leitura. Não sendo programador/desenvolvedor a minha visão não é essencialmente técnica e tampouco estruturada em termos digamos científicos.
Um dos vídeos que apareceu recentemente na minha lista de recomendações despertou a minha atenção e resolvi compartilhar por aqui. Como uma coisa puxa outra apareceu outro vídeo da mesma professora e filósofa publicado 3 anos atrás, o que mostra como o assunto não é novo apesar de ter ganho tração a partir dos últimos meses.
A professora Lúcia aborda questões que vão além do simples uso e do bom aproveitamento que a IA certamente trará para nossas vidas. Alguns já dizem que a IA será o próximo grande salto da humanidade, assim como a internet foi no passado. A principal delas que está nas entrelinhas do vídeo mais recente publicado alguns dias atrás é responder a uma das questões que talvez seja a mais essencial de todas: a IA poderá substituir totalmente o ser humano algum dia?
Não vou dar spoiler e como são palestras dá para apenas ouvir no estilo podcast. São palestras feitas em linguagem simples e portanto acessíveis aos mortais não afeitos a Platão, Sócrates, Kant etc. Como a mesma profa. publicou um vídeo há 3 anos atrás percebe-se que ela não é alguém caindo de paraquedas para debater o tema.

Vídeo mais recente da Profa. Lucia H. Galvão:

Vídeo recente do Luiz F. Pondé (alerta de spoiler se eventualmente ainda não viu o filme Interestelar e tem intenção de assistis):

Vídeo de 3 anos atrás da Profa. Lucia H. Galvão:

Video do Fernando Ulrich, que ainda não é filósofo assumido mas está a caminho de se tornar um autofilósofo, que também passa pelo tema num bate papo com um brasileiro, o Rafael Granha, que trabalha na microsoft:

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Se por um lado existe essa visão filosófica sobre a quase impossibilidade das IA’s superarem o ser humano existem aqueles que acham que isso pode ocorrer, opinião inclusive entre filósofos.

No video abaixo da BBC Brasil a apresentadora Camila Costa fala das 3 etapas da IA: ANI - Inteligência Artificial Estreita ou IA fraca que é o nível mais básico; AGI Inteligência Artificial Geral ou IA forte que é alcançado quando a máquina começa a adquirir habilidades cognitivas semelhantes a dos humanos; e ASI - Superinteligência Artificial quando a IA supera o ser humano. É nesse ponto que gente como o físico inglês Stephen Hawking achava que o ser humano estaria no caminho da extinção.

Vídeo:

Link para o artigo (texto escrito):

Vídeo do filósofo Nick Bostrom que tem uma visão contrária ao da Profa. Lucia H. Galvão:

Vídeo do programa semanal Linhas Cruzadas da TV Cultura de SP exibido no dia 08/06/23 falando sobre IA e outros tecnologias com o filósofo Luiz F. Pondé que enxerga riscos:

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Entra muita filosofia nessa questão da IA se tornar algo consciente ou não.

Na minha infância, inventaram o Tamagoshi e para aquela época já se falava sobre um bichinho vivo de verdade, só que com uma vida virtual, afinal havia interação, podíamos alimentá-lo, ele podia chorar, ficar feliz, crescer, inclusive morrer.

Sabemos que aquilo não passa de uma programação lógica onde há feedbacks para cada input que damos, com um pouco de aleatoriedade, mas tudo já pré-definido.

Hoje, com o aumento do poder de processamento, armazenagem de dados e o aprendizado de máquina, a IA possui uma lógica muito mais sofisticada e bilhões de feedbacks em relação à tudo que ela já conseguiu armazenar, mas a questão é:

Suponha que uma máquina veja uma pessoa gritando e direcionando xingamentos a ela. Graças ao aprendizado de máquina, ela já tem bilhões de padrões que conseguem interpretar que aquelas expressões faciais são de ira, que aquele tom de voz é de raiva e aquelas palavras são xingamentos. Então juntando todas essas informações a maquina deduz:

Humano com cara de ira + humano com voz de raiva + humano com palavras agressivas + humano com olhar direcionado a mim, logo eu estou com sentimento de tristeza, eu estou com medo, eu me sinto ofendido.

Isso significa que a máquina de fato está triste ou ela só possui uma programação complexa que a faz se definir assim e, consequentemente, esboçar traços e comportamentos de tristeza?

Houve injeção de adrenalina, cortisol ou qualquer outro hormônio que faça ela sentir isso? Será que uma máquina se apaixonará só através da lógica em vez de sentir organicamente a ocitocina fazendo o corpo tremer e o coração bater mais forte?

Talvez tudo isso seja bem subjetivo, ser ou não ser é filosófico, na verdade até nós, dependendo do ponto de vista, somos resultados de uma programação biológica, que graças aos inputs que vamos recebendo do mundo e o despejo de hormônios liberados, faz com que venhamos a reagir de certa forma.

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