No ocidente o calendário mais adotado é o gregoriano, baseado no ciclo solar. Desde 1912 os Chineses seguem o calendário gregoriano na vida civil, mas por tradição os Chineses e outros países da região como Malaios e Sul Coreanos seguem um calendário que combina os dois ciclos, conhecidos como lunissolares para datas comemorativas (religiosas, festivas e/ou comemorativas). Na tradição Chinesa o ano de 2024 começou em 10 de fevereiro e vai acabar no dia 28 de janeiro de 2025. Existe também um calendário baseado exclusivamente no ciclo lunar, mais antigo e que ainda é adotado em alguns locais como calendário Islâmico.
Calendários são importantes em vários sentidos desempenhando papel preponderante em nossas vidas, em especial nos momentos em que um grande ciclo chega ao fim e outro vai começar, como é o caso do ciclo anual.
Voltando para o nosso quintal lembramos que estamos em dezembro, o mês que fecha o ciclo anual do calendário gregoriano. É o mês em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo, de importância fundamental para o Cristianismo. Não se sabe ao certo qual é a data exata do nascimento de Jesus, mas por volta do século IV a Igreja Católica consolidou festividades celebradas desde a antiguidade como “dies natalis Christi” sendo que a palavra “natalis” que significa nascimento, deu origem a palavra Natal e deriva do verbo nascer. Coube ao Papa Júlio (337-352) ratificar esta comemoração em 350 d.C. Duas palavras marcam a celebração do nascimento de Jesus Cristo: renovação e nascimento.
Entre outras coisas o clima natalino tende a deixar as pessoas mais sensíveis, pensativas e esperançosas. Além das compras, viagens e reuniões familiares dezembro costuma ser um mês de travessia mental e de uma certa correria física, uma verdadeira luta contra o ciclo implacável das horas e dias que seguem inexoravelmente para frente. No pouco tempo que sobra queremos deixar tudo que aconteceu de ruim para trás esperando que o novo ciclo seja melhor do que o anterior. Consciente ou inconscientemente essa troca de ciclo funciona como uma espécie de renascimento para cada um de nós.
Ao contrário do Bitcoin que aparentemente é imparável daremos um tempo nas atividades por aqui porque ao contrário do Bitcoin podemos ser parados, somos de carne e osso. Eventualmente a pausa poderá ser interrompida se acontecer algum evento realmente extraordinário e de impacto neste período de transição de um ciclo para outro. Se o universo não conspirar “de verdade” e o mundo ainda estiver de pé voltaremos para manter a esperança acesa em 2025.
Um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo para todos!