Não sei se é o caso, mas olhando para o nosso próprio quintal podemos ter uma idéia errada sobre algo que é global. O avanço lento e com poucas alterações é uma escolha do próprio Bitcoin. Talvez por isso tenham surgido tantas criptomoedas por aí implementando várias alterações que não seriam implementadas no Bitcoin.
Um ponto que aos poucos parece se tornar uma tendência é a utilização do Bitcoin como um ativo financeiro de investimento ao invés de utilizá-lo como meio de pagamento tal como era o objetivo inicial do criador, exposto claramento no whitepaper. Essa mudança na “função” não pode ser controlada pelas pessoas envolvidas mais diretamente com o Bitcoin como desenvolvedores, mantenedores, mineradores etc. O destino final entre ser uma moeda para servir de meio de pagamento ou um ativo para servir como investimento me parece que ainda não foi decidida, mas cada vez mais fica parecendo que o destino caminha para tornar o Bitcoin um tipo de investimento. Quem está tomando esta decisão opera a partir de uma visão de dentro do establishment financeiro global. Esta turma compra e guarda, ou seja, retira os bitcoins de circulação. Não tenho dados recentes mais em 2020 estimava-se que cerca de 75% dos bitcoins não mudavam de mãos, seja porque as carteiras foram perdidas ou porque acabaram nas mãos dos holders. Fiz uma postagem bem extensa por aqui falando sobre a entrada e o crescimento dos investidores institucionais no mercado cripto. Poucas carteiras concentram grandes quantidades de bitcoin. Um deles, da empresa americana Microstrategy, por exemplo já detém 140 mil bitcoins.
Por outro lado, segundo dados do coinatmradar já são quase 34 mil caixas eletrônicos que operam com criptomoedas sendo que a grande maioria fica no hemisfério norte. O que é um bom sinal e facilita a negociação de pequenas quantidades de criptomoedas. No vídeo abaixo de 2 anos atrás dá para ver que a quantidade de caixas eletrônicos de bitcoin era de pouco mais de 8 mil.
Imagem do site: coinatmradar.com
