Cursos Gratuitos Online para Iniciantes

Dizem por aí que “de graça vale até injeção na testa” ou “não existe almoço grátis, alguém está pagando” mas na linha dos cursos “grátis” foi fundada em 2018 a “Digital Innovation One” que entrou em fase operacional em janeiro de 2019, ou seja, um ano atrás. Se por acaso a grana está curta talvez seja uma opção para os interessados/iniciantes entrarem no mundo dos desenvolvedores. Atenção, cursos deste tipo não fazem milionários mas podem ajudar na aquisição de conhecimentos básicos para iniciantes. Existe muita carência de mão de obra boa neste mercado. É interessante notar que a plataforma oferece porta de entrada nos principais segmentos em que os desenvolvedores podem atuar: “Front-End”, “Back-End”, “Full-Stack” e “Mobile”.


Fonte: https://digitalinnovation.one

Apenas para iniciantes ou para quem não é do ramo, registrando que existem variantes na definição de uma e outra atividade, sei que é muita pretensão tentar definir algo que não é da minha praia, mas vamos lá: “front” é o painel do carro onde podemos interagir colhendo informações como velocidade e nível do combustível ou mesmo acionar o motor e “back” é o motor do carro que normalmente não enxergamos mas que precisa funcionar para que o carro se movimente. Geralmente entendemos ou dominamos a interação com o painel mas ao olharmos para um motor sabemos que ele está lá mas não sabemos bem como funciona por dentro, algo do tipo se um fio estiver desconectado não sabemos o que pode acontecer. Painel e motor estão ligados trocando/fornecendo informações. Depois desta simplificação de leigo vamos adiante:

  1. desenvolvedor “front-end” é o cara que faz/cria/mantém aplicativos/programas voltados para o usuário/cliente. Geralmente rodam na máquina do próprio usuário e interagem com estes usuários para que ele faça consultas, edições de video, entrada de dados, etc. com uma interface amigável para estes usuários que geralmente não dominam os códigos de programação. Os sites de portais, financeiras e de governos são exemplos de aplicativos deste tipo, uma linguagem básica pode ser o “JavaScript” e uma característica do desenvolvedor pode ser a criatividade;

  2. desenvolvedor “back-end” é o cara que faz/cria/mantém programas (invisíveis para os usuários/clientes/consumidores) que rodam em servidores recebendo, organizando, calculando, armazenando e fornecendo dados. Programas voltados para servidores, redes ou banco de dados, linguagens como Python e raciocínio lógico fazem parte da rotina;

  3. desenvolvedor “full-stack” é o cara que tem conhecimentos nos dois campos (“front” e “back”). A divisão entre desenvolvedor “front-end” e “back-end” ocorreu ao longo do tempo com o avanço da informática, no início não havia essa divisão e o desenvolvedor fazia tudo. É importante antes de mais nada dominar a parte principal do seu foco profissional mas também pode ser importante agregar conhecimentos periféricos ligados ao foco principal até para entender melhor o processo como um todo;

  4. desenvolvedor “mobile” como o próprio nome diz é aquele que faz/cria/mantém aplicativos para aparelhos móveis (“smatphones”, “tablets”, etc.).

Depois desta enrolação vamos ao caso desta “startup” que é uma plataforma aberta de ensino que tem sede na cidade de Araraquara, interior de São Paulo. Estima-se que atualmente existem cerca de 35 mil alunos fazendo cursos na plataforma, possui ligação com cerca de 120 instituições de ensino, conta com aproximadamente 250 professores ou mentores e ligação com algo em torno de 90 empresas através de programas de treinamento e recrutamento. Outras empresas que atuam neste formato são Hired, Revelo e Geekhunter. Olhando o perfil destes sites citados nota-se que são plataformas de recrutamento & seleção, ou seja, a conclusão é que se trata de uma plataforma voltada para recrutamento & seleção que oferece cursos mediante inscrição. Quem se interessar deve avaliar com calma se vale a pena. Segundo os sócios quem paga o almoço, ou melhor, o curso no caso são as empresas (contratação ou treinamento). O custo anual para cada contratação esta na faixa de R$ 2.250,00 a R$ 2.650,00 e o custo por colaborador treinado (e-learning) ou por licença é de R$ 29,90.

Site: https://digitalinnovation.one

Até o dia 24/01/2020 a B2W (Submarino, Shoptime, Americanas, etc.) estudantes a partir do terceiro ano de informática com foco em desenvolvimento podem se inscrever para 20 vagas de estágio nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Até 15/03/2020 estão abertas inscrições para um curso on line do Banco Santander num programa de 5 semanas divididos em 3 módulos com 2.500 vagas distribuídos em 14 países. No final 300 participantes, dentre os que se destacarem, serão selecionados para uma etapa adicional de 8 semanas que inclui estudos de Blockchain e Machine Learning entre outros assuntos. O curso é em inglês ou espanhol. No final do processo há possibilidade de contratação. Detalhes abaixo:

Aos interessados em trabalhar ou prestar serviços para bancos sugiro uma olhada na direção que eles estão seguindo. Não é Blockchain “raiz” ou conceitualmente puro como é o caso do Bitcoin mas tecnologia e conhecimento em geral, depois que são criados seguem por diversos caminhos, ás vezes não é o que seus criadores pensaram, muitas vezes fugindo completamente do propósito idealizado pelos criadores. Já existe a Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional baseado no Hyperledger fornecido pela IBM que divide informações entre os bancos participantes (Itau, Bradesco, etc.) sobre celulares roubados, usados em fraudes, etc. O próximo passo deve ser o compartilhamento de procurações de empresas (quem assina pela empresa, até qual valor, etc.).